domingo, 28 de dezembro de 2008

REDs

De acordo com o artigo intitulado Modelos e práticas de avaliação de recursos educativos
Digitais de Ramos, J.L., Duarte,V.D., Carvalho, J.M., Ferreira, F.M. e Maio,V.M., um recurso digital de interesse para a educação e formação é um objecto ou serviço a que se acede através da Internet, que contém intrinsecamente uma clara finalidade educativa, se enquadra nas necessidades do sistema educativo português, tem identidade e autonomia relativamente a outros objectos e satisfaz padrões de qualidade, de acordo com os critérios de avaliação definidos no âmbito do Projecto SACAUSEF (Sistema de Avaliação, Certificação e Apoio à Utilização de Software para a Educação e Formação).
Esta definição pode bem ser uma ajuda para classificar Recursos Educativos Digitais (REDs).

O artigo pode ser encontrado no endereço:

http://www.crie.min-edu.pt/files/@crie/1210161451_06_CadernoII_p_79_87_JLR_VDT_JMC_FMF_VM.pdf

domingo, 23 de novembro de 2008

Um Cenário de Aprendizagem

Depois de ter analisado a Teoria da Actividade (TA), que teve como estrutura de suporte as ideias dos investigadores soviéticos Vygotsky e Leontiev, bem como a filosofia de Marx e Engels, e no âmbito da disciplina de E-learning e formação a distância, descrevi um cenário de aprendizagem que, juntamente com uma colega de escola, estamos a implementar nas nossas turmas.
De acordo com a TA, a aprendizagem surge da actividade não sendo esta propriamente a propiciar a aprendizagem. Os defensores desta teoria focam a sua atenção na interacção entre a actividade humana e a mente humana, dentro de um ambiente contextualizado adequado.
As actividades servem para proporcionar aos alunos a aquisição dos conceitos que os alunos precisam aprender de acordo com o seu currículo. Se estes aprenderem com a realização das actividades propostas pelo professor, o seu desenvolvimento psíquico geral bem como a aplicação desses mesmos conceitos em novas em contexto real também estará a ser promovido.
A actividade de estudo é então, o movimento de formação do pensamento teórico, assente na reflexão, análise e planificação, que conduz ao desenvolvimento psíquico (Davidov, 1988).
A estrutura do Sistema da actividade humana da autoria de Engestrom (1987, p.78) articula várias entidades que procurei envolver num Cenário de Aprendizagem, desenvolvido com base na CHAT. No final de Janeiro publico os resultados obtidos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Análise do Plano Tecnológico

O Plano Tecnológico é uma aposta do Ministério da Educação. Tem metas muito definidas que passam, nomeadamente, por equipar as escolas do país com computadores, quadros interactivos, Internet de banda larga, etc. Para além disso, procura também motivar para a formação de docentes nas áreas das novas tecnologias de informação e de educação.
Na minha perspectiva de docente, considero esta medida do Ministério da Educação essencial para a evolução do processo ensino-aprendizagem.
Movimentamo-nos, neste momento, numa sociedade recheada de informação, acessível de diversas formas e que se pretende que se torne numa sociedade do conhecimento, onde foi possível filtrar e aferir o que é relevante saber, de forma mais aprofundada, em cada uma das diferentes áreas profissionais.
Acredito no entanto que, do currículo dos nossos alunos tem ainda de fazer parte a fundamentação teórica e o conhecimento basilar essencial para fixar a informação que conduzirá a um saber fazer. Ensinam-se os conteúdos, com estratégias diversificadas e, sempre que possível, utilizando as novas tecnologias existentes, agora, em sala de aula.
No entanto acredito que as escolas, equipadas a partir de agora com computadores (pretende-se que em 2010 existam 1 por cada 2 alunos), quadros interactivos, consequentemente projectores, etc., se deparem com problemas como, número de tomadas existentes em sala de aula, circuitos eléctricos não adaptados ao consumo de energia que daí advém, etc.
Espero que essas dificuldades sejam ultrapassadas rapidamente para que possamos implementar algumas das vertentes do Plano Tecnológico nas nossas salas de aula,
O Portal da Escola é outra das áreas do projecto que, se bem exploradas, podem trazer uma dinâmica positiva ao processo ensino-aprendizagem. Produzir e distribuir conteúdos pedagógicos em suporte digital pode ser uma mais valia quer para o professor quer para o aluno. O mais difícil para o professor é produzir em tempo útil, ferramentas multimédia que o ajudem na sua prática pedagógica.
Depois de ter analisado o site do Plano Tecnológico de educação e de ter lido o texto recomendado, considero que esta medida do governo português encaixa na proposta de modelo de currículo de Bobbitt (1918) em que a escola se apresentava a funcionar da mesma forma que qualquer outra empresa. As medidas apresentadas no Plano Tecnológico visam preparar de forma mais sistemática os alunos para a vida profissional, procurando que seja esta a dar-lhe a formação para a vida activa, sem que essa mesma formação ocorra em contexto de trabalho. Tal como o modelo de Bobbitt tinha uma vertente económica associada, também este conjunto de medidas que acima descrevi visam preparar a nossa sociedade futura, de modo a que esta se torne mais produtiva, mais conectada a um saber fazer e menos preocupada com a transmissão do conhecimento base.
Mas será que a implementação do Plano Tecnológico resolverá a situação do insucesso escolar? Será que a partir de agora só serão valorizadas as práticas pedagógicas que recorram às TIC? Será que efectivamente os nossos alunos só aprendem se for assim? Ou será que o bom senso e a gestão dos currículos irão equilibrar este processo fazendo com que todo este Plano Tecnológico seja fundamentalmente mais uma ferramenta colocada à disposição do professor para promover o sucesso escolar dos seus alunos.

Trabalho colaborativo



Este foi o mapa de conceitos realizado pelo meu grupo de trabalho (Guida Dias, Teresa Figueiredo, Emília Baliza e Luís Roque), relativo à Integração Curricular das TIC, no âmbito da disciplina com o mesmo nome. Foi uma tarefa interessante de realizar e que nos colocou a pensar em muitas das coisas que fazemos ou pretendemos fazer em sala de aula. A apresentação do mesmo aos restantes colegas também se revelou produtiva. Aprendemos sempre com a análise dos outros.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Desabafo!

O texto seguinte foi escrito, por mim, no âmbito de uma disciplina de Mestrado. Gostaria de o partilhar aqui, visto que é uma inquietação minha.
"Os nossos alunos estão diferentes.
Eu noto, ano após ano, uma mudança de comportamento e de atitudes dos nossos alunos que deveria ser objecto de investigação.
Será que a Investigação, em Educação, no século XXI não deveria ser mais célere, principalmente para que pudéssemos dar resposta às necessidades educativas dos alunos?
Será que de um momento para o outro uma elevada percentagem de alunos ficou hiperactivo? Ou disléxico? Que condicionantes existem para que o número tenha crescido nos últimos anos? Será que são os instrumentos de diagnóstico que estão mais desenvolvidos e eficazes?
Será que os alunos desta primeira década do século XXI conseguiriam aprender os mesmos conteúdos, com as mesmas metodologias que os alunos da última década do século passado?
Não sei, mas gostaria de investigar."
Quem sabe se eu não investigo!

domingo, 28 de setembro de 2008

Porquê ser professora?

Uma das muitas coisas que aprendi na disciplina de História, quando frequentava o sétimo ano de escolaridade, foi que, sem a postura erguida dos seres humanos, o cérebro não teria podido desenvolver o tamanho que tem.
A sucessão de acontecimentos naturais que ocorreram para que os nossos antepassados pré-históricos tivessem tido a necessidade de se erguer na savana, podem ser entendidos como milagre ou como evolução. Depende!
O ser humano conquistou a capacidade de pensar e, a partir daí, os ensinamentos e as aprendizagens começaram a ser feitos de outra forma. Comecei a pensar muito nestas questões, a querer entender como é que se aprendia e, como estudante, experimentei diversas técnicas: memorizar, exercitar, construir redes de conceitos, etc. Umas vezes corria bem, outras nem por isso.
Queria muito analisar estes mecanismos, entender estas ligações. E foi assim que começou a surgir em mim a vontade de ser professora. O papel de aluno eu já conhecia. E como seria estar do lado de lá? A tentar fazer-me entender? Como seria ensinar?
Até breve.

Ganhei coragem!

Agora já não há nada a fazer. Ganhei coragem e resolvi começar a partilhar, alguns dos meus pensamentos, com quem estiver disponível para o fazer.


Desde sempre que achei que era giro escrever coisas sobre os temas mais variados. Algumas pessoas diziam-me que até tinha jeito para a escrita, outras diziam-me que era melhor enveredar por outros caminhos.


Agora voltei a sentir necessidade de escrever, mas também não queria voltar a guardar a minha organização de palavras em frases só para mim.
Motivada como estou para a utilização de novas tecnologias de informação e comunicação, achei que era esta a maneira mais actual de o voltar a fazer.


E como sou professora de profissão, estou habituada a avaliar e a ser avaliada, pelo que vou deixar que seja a população mais ou menos anónima a fazer (se quiser) os comentários aos meus desabafos.


Até breve.